sábado, 17 de outubro de 2009

ARTIGO TIRADO DO SITE DO LER E ESCREVER 2008



No sábado, 04 de outubro, um evento organizado por algumas instituições de ensino superior parceiras (IES): Montessori, Magister, Caieiras e Santa Marina, reuniu professores orientadores e alunos pesquisadores do Ler e Escrever/Bolsa Alfabetização para apresentar e discutir o desenvolvimento dos projetos de pesquisa adotados.O projeto de pesquisa é uma modalidade de exploração didática realizada pelos alunos pesquisadores e acompanhada pelo professor orientador, nas classes de 1ªs séries, convertida em registro escrito, com o objetivo de apresentar à escola e à IES, um estudo temático de alguns aspectos da alfabetização.Na primeira parte do encontro, cada professor orientador falou um pouco do significado da parceria com a FDE/SEE e, seguidamente, os alunos pesquisadores contaram um pouco da experiência de participarem do Programa.“É muito importante que o aluno pesquisador conheça a realidade escolar” – Profª Erani (Magister). Sua experiência como docente universitária e professora coordenadora da rede atesta a importância de um programa como o Ler e Escrever/Bolsa Alfabetização, que possibilita ao aluno vivenciar a prática pedagógica, antes de se graduar. “Eu posso discordar, mas preciso entender por que estou discordando. Por que o professor faz o que faz e do jeito que faz. Não existe outro jeito, a não ser ler, analisar, testar, analisar de novo e avaliar sempre” - essa é a premissa que fundamenta a orientação da professora Katsue quanto à prática do professor regente e aos propósitos do projeto de pesquisa. Profª Ellis (Santa Marina) relatou como é conduzido o projeto de pesquisa em sua IES, salientando a importância da articulação de saberes entre alunos, formas de registro – o quê se olha, como se olha e como se registra. Comentou também que os alunos do Bolsa fazem a diferença em sala de aula: “pegam a prática e discutem, voltam para a prática e a enxergam de forma diferente”. No momento da troca de experiências, alunos pesquisadores explicaram como são organizadas as reuniões semanais e quais materiais subsidiam as discussões.Além disso, falaram das dificuldades enfrentadas no começo, pois eram considerados rivais e quebra-galhos, contaram que se sentiam despreparados para entender a sondagem e o que se desejava sondar, depois, não sabiam o que fazer com os resultados e como auxiliar os alunos no momento da aprendizagem. Confessaram que demoraram a entender a natureza dos relatórios que realizam, bem como o tratamento científico que deveriam dar a eles, pois não poderiam ser meramente descritivos ou narrativos.Na seqüência, um outro grupo de alunas apresentou sínteses de seminários elaborados e realizados por elas, durante o ano, sobre Ana Teberosky e Delia Lerner. A participação dos alunos foi entremeada pelo depoimento emocionado da Profª Eliana (Caieiras), que disse que o encontro ali realizado não poderia ser o primeiro e último, mas um de uma série que precisa acontecer. Incentivou os alunos a formarem uma comunidade no Orkut, onde possam dar continuidade ao que ali foi proposto – um espaço de depoimentos, troca de experiências e de idéias, enfim, um território de compartilhamento de teorias e práticas pedagógicas.
(tirado do site do programa do Ler e Escrever – arquivos).

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